“Desde já podemos lançar este apelo, um apelo à maturidade política, à elevação, porque os portugueses não esperam dos seus dirigentes políticos e governantes que passem os dias em quezílias, e que não coloquem os interesses do país acima do jogo político-partidário”, afirmou Francisco Rodrigues dos Santos.
O novo líder do CDS, eleito no domingo, anunciou que vai reunir os novos órgãos nacionais para o partido formular uma posição sobre o assunto.
“Nós vamos reunir os órgãos nacionais do partido na próxima segunda-feira, designadamente a Comissão Executiva, onde também estará presente a nossa líder parlamentar, e juntos, sincronizados, e tendo por base o estudo desta matéria, vamos certamente verter uma posição que é absolutamente clara e cristalina sobre o assunto”, adiantou.
Até lá, o partido pretende reservar-se “à reflexão interna”, assinalou.
O líder centrista lançou ainda “o repto aos partidos que compõem o arco da governamentalidade, PS, PSD e CDS, que se possam sentar à mesa com vista a obter uma solução de convergência e de compromisso para o IVA na eletricidade”.
Francisco Rodrigues dos Santos falava aos jornalistas na residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, onde se reuniu com o socialista António Costa no âmbito da Cimeira dos Amigos da Coesão, marcada para sábado, em Beja.
“Este apelo diz respeito tão-só à necessidade de os partidos políticos (…), em vez de formarem ciclicamente crises, terem a capacidade de estabelecer pontos de diálogo, linhas de debate, de modo a melhor servirem os interesses dos portugueses”, explicou.
O presidente salientou que o CDS “coloca o país acima dos partidos” e que acredita “no bom senso, no diálogo estruturado e em respostas que sirvam, por um lado, o equilíbrio orçamental, e, por outro, a economia das famílias”.
No leque de propostas de alteração ao OE2020, o CDS não apresentou nenhuma proposta com vista à descida do IVA da eletricidade.
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