Na Estada Nacional (EN) 236-1, onde morreram 47 pessoas que seguiam em viaturas e ficaram encurraladas pelas chamas entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, estavam hoje trabalhadores apoiados por máquinas a proceder à remoção e substituição do alcatrão, fazendo-se a circulação automóvel de forma alternada, constatou a agência Lusa no local.
A algumas centenas de metros encontravam-se outros funcionários, também ao serviço da concessionária da via, Ascendi, junto ao Itinerário Complementar N.º8 (IC8), com motosserras a cortarem dezenas de árvores pintadas de preto, que se mantiveram de pé após o incêndio.
A lei prevê que as árvores estejam a 10 metros de distância das vias rodoferroviárias.
Nas várias estradas que atravessam as aldeias afetadas pelo incêndio são visíveis diversas equipas da EDP a repararem a rede elétrica.
A caminho da aldeia de Sarzedas de São Pedro uma dessas equipas conta que, só durante esta manhã, já instalou 500 metros de cabo elétrico, acrescentando que “há muito trabalho ainda para fazer” até que a rede elétrica destruída pelas chamas esteja totalmente reposta.
O comandante operacional de Proteção Civil adiantou hoje que durante o trabalho desenvolvido ao longo da noite, houve condições meteorológicas que favoreceram o combate, sendo que 95% do perímetro do teatro de operações no incêndio de Pedrógão Grande está em vigilância e rescaldo e os restantes 5% "em combate e ativo, com grande potencial de risco".
O incêndio que deflagrou no sábado à tarde em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos.
Este incêndio já consumiu cerca de 26.000 hectares de floresta, de acordo com dados do Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais.
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