“Seria uma belíssima experiência para a ANPC e nós propomos que esta responsabilidade [fornecer refeições aos bombeiros durante os incêndios] deixe de pertencer aos bombeiros portugueses” defendeu hoje Jaime Marta Soares, lembrando que os corpos de bombeiros “não têm restaurantes, não têm ‘caterings’”
Os bombeiros, disse o presidente da Liga, “têm que fazer outras coisas ao mesmo tempo que confecionam as refeições, que as entregam e que põem as faturas em ordem”, pelo que, sugeriu, “que o faça a ANPC, era uma boa prestação de serviços ao país”.
O mesmo “em relação aos combustíveis”, acrescentou, considerando ser “a forma de se aproveitar a reciclagem dos senhores inspetores da ANPC” que assim, “eram úteis e justificavam o salário” que, de outra forma, o presidente da liga duvida “que mereçam aquilo que ganham”.
Jaime Marta Soares falava nas Caldas da Rainha, onde hoje tomou posse para um terceiro mandato à frente da LPB, numa cerimónia em que foram recorrentes as críticas à ANPC e à comissão técnica de avaliação dos incêndios, com cujas conclusões discorda.
Sobretudo por “injustiças” que atribuiu às duas entidades e que o levaram também a, na tomada de posse, deixar “uma palavra de solidariedade” a Augusto Arnaut, comandante dos bombeiros de Pedrógão Grande, que a 12 de dezembro último, foi constituído arguido na sequência dos incêndios naquele concelho, depois de ter sido ouvido pelo Ministério Público no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Leiria.
Convicto da inocência do comandante, Marta Soares apelou a que “se faça justiça” e a que a ANPC “apure a verdade” e esclareça a atuação do bombeiro que, sublinhou, “fez aquilo que tinha que ser feito”.
Jaime Marta Soares foi hoje empossado depois de reeleito a 28 de outubro para o terceiro mandato consecutivo para o quadriénio 2018/2021, com 77,5% dos votos, enquanto o seu opositor, o comandante José Barreira Abrantes, obteve 22,5%.
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