“Temos tudo para ser uma grande nação, mas por causa de uma política tacanha e mesquinha, que tem relevado a questão ambiental e indígena, continuamos a patinar na economia e nós temos que mudar isso aqui”, argumentou.

“Eu acredito na ciência, ponto final!… Agora, o que fez a Europa para manter as suas florestas? E querem dar a sua opinião aqui?”, disse Bolsonaro aos jornalistas, que o questionaram sobre as mudanças climáticas.

Bolsonaro criticou também o facto de anteriores governos brasileiros terem aceitado “de forma passiva e servil” indicações de países estrangeiros para “a expansão ou demarcação das terras indígenas”.

Jair Bolsonaro falava à saída da cerimónia de investidura de oficiais na Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, cidade no interior do Estado do Rio de Janeiro, onde se formou como paraquedista em 1977.

Bolsonaro reforçou as suas críticas dos últimos dias ao Acordo de Paris, considerando que não é favorável aos interesses do país e é contra as políticas ambientais nacionais, noticiou a agência espanhola Efe.

O Presidente eleito afirmou em outubro último, que não retiraria o Brasil do Acordo de Paris, sobre medidas contra o aquecimento global, depois de ter ameaçado fazê-lo durante a campanha presidencial, mas sentenciou hoje que a fiscalização ambiental, no seu Governo, mudará em relação ao modelo atual, que criticou duramente, segundo um jornal brasileiro.

Jair Bolsonaro toma posse como Presidente do Brasil no próximo dia 1 de janeiro, em Brasília.

Para Bolsolnaro, “o grande problema”, que tem o Brasil e “que tem de ser visto com cautela, é que as políticas indígenas e ambientais não estão a trabalhar para” o país, e sim “a favor dos interesses extraterritoriais brasileiros”.

“O Brasil é o país que mais preserva o meio ambiente” e que em alguns Estados como Acre e Rondônia, localizados na Amazónia brasileira, a população local só pode usar em seu benefício “cerca de 20%” da terra. “Os 80%, não, e isso está errado”, disse.