"Uma das nossas metas para tirar o Brasil das piores posições nos 'rankings' internacionais sobre educação é lutar contra o lixo marxista que se instalou nas instituições de ensino", disse o capitão da reserva do Exército Brasileiro, numa mensagem publicada no Twitter, na véspera da tomada de posse como novo presidente do Brasil.
O líder de extrema-direita, polémico pelas suas declarações racistas e homofóbicas, acrescentou que o objetivo do Ministério da Educação "será avançar na formação de cidadãos e não na de ativistas políticos".
Para Bolsonaro, a presença do Brasil nos últimos lugares dos rankings desenvolvidos por organizações internacionais como a OCDE é o reflexo das políticas do Partido dos Trabalhadores (PT).
O futuro presidente, que toma posse no primeiro dia de 2019, é defensor de uma política conhecida como a "Escola Sem Partido", que tenta evitar que os professores usem a sua situação para compartilhar com os alunos conceitos ideológicos.
Eleito com forte apoio de grupos evangélicos e dos setores mais conservadores do Brasil, Bolsonaro criticou também o PT por promover campanhas contra a homofobia e a igualdade de género nas escolas.
O projeto "Escola Sem Partido", que está dependente de votação no Congresso, prevê a luta contra o uso das salas de aula como um local para transmitir doutrinas partidárias e promover discussões sobre questões como a de género.
Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro prometeu, por um lado, pôr fim aos métodos de ensino que seguem a ideologia do educador brasileiro Paulo Freire e, por outro, promover as escolas militares.
O próximo ministro da Educação será o filósofo colombiano naturalizado brasileiro Ricardo Velez Rodriguez, que, nas suas mensagens nas redes sociais, já antecipou que conceitos como a família e os valores serão os alicerces do sistema.
Comentários