Janeiro, fevereiro e até março. Quando vamos às urnas? As datas propostas e quem as defende

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Marcelo Rebelo de Sousa vai falar ao país hoje às 20:00 sobre a dissolução do parlamento e a data de eleições legislativas antecipadas. Que datas estão em cima da mesa? De janeiro a março, há apoios e propostas diferentes.
Janeiro, fevereiro e até março. Quando vamos às urnas? As datas propostas e quem as defende

No sábado, após as audiências em Belém, a data de 16 de janeiro foi a que reuniu mais consenso entre os nove partidos com assento parlamentar ouvidos, sendo referida por sete das nove forças políticas com representação parlamentar.

PSD e CDS-PP indicaram preferência por 9 ou 16 de janeiro, PS, PCP, PEV e Chega 16 de janeiro, BE defendeu eleições a partir dessa data, PAN entre a segunda quinzena de janeiro e a primeira de fevereiro e Iniciativa Liberal não antes de 30 de janeiro.

O candidato à liderança do PSD pede eleições num espaço "razoável" para os sociais-democratas se reorganizarem. Paulo Rangel sugeriu que as legislativas a se realizassem a 20 ou 27 de fevereiro.

De acordo com o Público, o ex-presidente da República Cavaco Silva, defendeu, esta quarta-feira, na reunião do Conselho de Estado o adiamento das eleições para finais de fevereiro ou mesmo princípio de março.

Antes, na SIC, o comentador Marques Mendes, e também conselheiro de Estado, defendeu este domingo que as eleições tenham lugar a 30 de janeiro ou 6 de fevereiro.

Numa carta aberta ao Presidente da República, mais de uma centena de personalidades de diversos sectores da sociedade civil, 117 ao todo, juntaram-se para pedir tempo para as eleições.  O texto, publicado pelo Expresso, deixa implícito uma data eleitoral entre o fim de janeiro e o início de fevereiro em nome da "qualidade da democracia" e "igualdade de oportunidades".

"Havendo vários partidos com processos eleitorais internos, regulares, obrigatórios e previamente iniciados, a resposta democrática não pode ser exigir-lhes que prescindam da democracia interna. Tal seria insustentável internamente, mas também criaria uma injusta vantagem ao obrigar alguns partidos a irem a eleições com líderes e programas com legitimidade substancial e formal caducadas", escrevem.

Entre os subscritores, a maioria da área não socialista, estão dois ex-ministros socialistas, Abel Mateus e Campos e Cunha, dois ex-presidentes dos Tribunal Constitucional, empresários, académicos e gestores.

Há dois dias, Marcelo Rebelo de Sousa disse que iria escolher "a data mais razoável", que "corresponda à melhor solução para o esclarecimento dos portugueses", sem ter em conta processos eleitorais partidários.

O artigo 133.º da Constituição estabelece que compete ao Presidente da República  "dissolver a Assembleia da República, observado o disposto no artigo 172.º, ouvidos os partidos nela representados e o Conselho de Estado".

O Presidente da República vai falar ao país hoje às 20:00 sobre a dissolução do parlamento e a data de eleições legislativas antecipadas.

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