De acordo com a agência noticiosa Kyodo, citada pelo The Guardian, dois dos principais aeroportos japoneses já pediram aos viajantes que não utilizem malas motorizadas nas suas instalações, enquanto a polícia está a pedir aos retalhistas nacionais que alertem os clientes para as leis rigorosas relativas à sua utilização.
As malas elétricas são semelhantes a trotinetas infantis, mas alimentadas por baterias de iões de lítio. Surgiram em 2014, pelas mãos de um inventor amador chinês, e ao longo dos anos tornaram-se mais comuns entre os viajantes e foram popularizadas por celebridades como Paris Hilton e Shilpa Shetty.
Segundo a Kyodo, o Japão classifica atualmente estas malas, populares no resto da Ásia, como “veículos motorizados que só podem ser conduzidos nas estradas com o equipamento de segurança necessário e uma carta de condução”.
Por isso, em junho, uma mulher chinesa na casa dos 30 anos, a estudar no Japão, foi acusada de conduzir sem carta de condução, depois de, alegadamente, ter conduzido uma mala de três rodas num passeio em Osaka, em março.
Neste caso, a mala da mulher, que pode viajar até 13 km por hora, é classificada como uma “bicicleta motorizada”, o mesmo que alguns ciclomotores. Assim, a polícia reiterou ao público, em junho, que são necessárias licenças para este tipo de bagagem móvel.
Com tudo isto, o Japão tem-se debatido com novas formas de transporte. As infrações de trânsito envolvendo trotinetas elétricas quadruplicaram nos seis meses após a flexibilização das restrições em julho de 2023.
A partir desta data, os regulamentos permitem que as pessoas com mais de 16 anos conduzam este tipo de veículos sem carta de condução, sendo agora uma visão comum em grandes cidades como Tóquio.
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