O cofundador do partido, rebatizado União Nacional (RN) sob a liderança de sua filha, Marine Le Pen, foi interrogado durante mais de quatro horas pelos juízes de instrução parisienses sobre os empregos de três dos seus colaboradores, segundo os seus advogados citados pela agência noticiosa AFP.

Le Pen, 91 anos, “está muito cansado por tudo isto”, declarou a advogada Frédéric Joachim.

“É um caso de politiquice”, afirmou, denunciando uma “incursão do poder judicial no poder legislativo”.

Já convocado em 11 de abril neste caso, Le Pen, que dirigiu a FN entre 1972 e 2011, recusou comparecer perante os juízes ao considerar que ainda estava protegido pela sua imunidade de eurodeputado, mas que foi levantada pelo Parlamento europeu, a pedido da justiça francesa, em 12 de março.

Os magistrados suspeitam que o partido e os seus dirigentes estabeleceram “de forma concreta e deliberada” um “sistema de desvio” dos envelopes enviados pela UE a cada deputado para remunerar colaboradores parlamentares, permitindo ao partido que economizasse nos seus salários.

O prejuízo foi calculado pelo Parlamento europeu em cerca de sete milhões de euros no período 2009-2017.

Marine Le Pen e o partido RN também estão a ser examinados neste processo.

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