A primeira reunião do Comité Central desde o retomar dos trabalhos parlamentares e da rentrée política, assinalada na Festa do Avante!, servirá para a “análise da situação política e social, e tarefas do partido”, de acordo com a nota oficial dos comunistas.

O encontro acontece antes do início da discussão do Orçamento do Estado para 2023 quando o aumento do custo de vida e a inflação estão no centro do debate político e a menos de dois meses de uma conferência nacional convocada pelo partido para os dias 12 e 13 de Novembro, em Corroios, no Seixal.

Sob o lema “Tomar a iniciativa, reforçar o partido, responder às novas exigências”, esta é a quarta iniciativa do género na história dos comunistas portugueses.

Em junho, o órgão máximo entre congressos reconhecia a necessidade de apontar “orientações, prioridades e linhas de intervenção” depois das eleições legislativas de 30 de janeiro, em que a CDU (PCP/PEV) obteve o pior resultado de sempre, o PCP perdeu quatro dos dez deputados que tinha na legislatura anterior e “Os Verdes” deixaram de ter representação parlamentar.

Na reunião do Comité Central de 7 de junho, a direção do PCP defendeu a existência de uma “operação global” de teor anticomunista que incorpora “instrumentos de dominação que massificam a informação” e “invadem todos os planos da vida, visando isolar o partido e enfraquecer a sua influência”.

A “ofensiva de pendor anticomunista”, expressão utilizada pelo Comité Central, ganhou relevo durante a pandemia através da “tentativa de cerceamento de liberdades, da calúnia de dirigentes” do partido, prosseguindo com estratagemas de “mentira sobre a oposição do PCP ao Orçamento do Estado para 2022 e, agora, com expressão mais odiosa, em torno da guerra na Ucrânia”.