No largo Luís de Camões, ao Chiado, entre bandeiras e cartazes, à medida que foram acontecendo as intervenções na carrinha com sistema de som da CGTP/IN, o líder comunista aproveitou para expressar novamente “condenação e repúdio” pela violência e criticar o Governo português pela sua “posição mitigada”,

“Em primeiro lugar, solidariedade para com o povo sírio, que foi agredido, sob a capa do uso e existência de armas químicas bombardeou-se aquele país, à revelia do direito internacional”, afirmou Jerónimo de Sousa.

Os EUA, a França e o Reino Unido desencadearam, na semana passada, uma série de ataques com mísseis contra três alvos associados à produção e armazenamento de armas químicas na Síria.

Os ataques da semana passada aconteceram em resposta a um alegado ataque químico que terá acontecido na primeira semana de abril, na cidade rebelde de Douma, em Ghouta Oriental, nos arredores de Damasco, provocando mais de 40 mortos e afetando cerca de 500 pessoas.

Em relação ao executivo e diplomacia portugueses, o secretário-geral do PCP lamentou a “posição aparentemente mitigada, dizendo que compreende, a qual acabou por apoiar essa mesma agressão”.

Para o líder comunista, ao Governo “bastaria ater-se à Constituição da República Portuguesa, cujos comandos apontam para a paz, cooperação entre povos e países e não atos de guerra como aquele que se verificou”.

Jerónimo de Sousa comparou ainda a atual situação da Síria com a ação da coligação aliada aquando da suspeita da existência de armas de destruição maciça no Iraque e consequente invasão e deposição de Saddam Hussein e que “destruiu aquele país”.

O protesto “Pela Paz! Fim à agressão à Síria!” foi levado a cabo pela CGTP/IN e outras organizações como o Conselho Português para a Paz e Cooperação.

“Fim à agressão, mais guerra não!” ou “A Paz é urgente no Médio Oriente” foram algumas das palavras de ordem ouvidas.

Diversos cartazes foram empunhados com inscrições como “salve a Síria”, mas também sobre outras temáticas: “O presidente dos pobres, Lula livre!”, em referência à situação do ex-chefe de Estado brasileiro.