"Um dia sairei", disse Jerónimo de Sousa em entrevista ao canal televisivo CNN Portugal, quando questionado se permanecerá no cargo de secretário-geral até ao próximo congresso do PCP, em 2024, ou se apoia uma "transição suave" no partido.

Jerónimo de Sousa, 74 anos, eleito secretário-geral do PCP em 2004, afirmou ainda que é "um descanso imenso" ver "um partido vitalizado com a juventude e capaz de assumir as responsabilidades".

"Que bom que é saber que existe um conjunto de jovens dirigentes com grandes responsabilidades no meu partido, que estão em condições para assumir as mais altas responsabilidades", disse.

Na curta entrevista, Jerónimo de Sousa voltou a sublinhar que o PCP "tem influência social muito para além da sua influência eleitoral".

"Independentemente de qualquer leitura política, fico profundamente satisfeito pelo papel que o meu partido teve em algumas situações dramáticas que, no plano económico e no plano social, existiram no nosso país. Sublinhamos o papel importantíssimo do PCP, dando uma contribuição para ser encontrada uma solução política de formação do governo minoritário do PS", recordou.

O secretário-geral do PCP afirmou ainda que, nas próximas eleições, o partido irá "batalhar muito para ter um bom resultado", e manifestou-se preocupado com a "não resolução dos problemas do país".

"A extrema-direita só cresce quando não se resolvem os problemas, que têm a ver com a vida de quem trabalha. Se não houver resposta cabal à resolução desses problemas veremos naturalmente a direita a crescer", disse.

Questionado se o PCP "se continua a identificar com o compromisso ideológico de esquerda" do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, Jerónimo de Sousa afirmou que "é um bocado exagerado falar em identificação".

"Temos um programa de princípios, onde naturalmente não somos modelo e não queremos que nos imponham modelos no plano da política. (...) O PCP tem o seu modelo, não quer ser cópia de ninguém", disse.

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