O Partido Comunista Português diz que há espaço de manobra e que o orçamento assim o permite. Mais dez euros, é a quantia que está em cima da mesa a ser negociada.

“Nós colocamos a nossa proposta e está a ser considerada”, disse Jerónimo de Sousa na entrevista. “Acho que os saldos atuais na Segurança Social permitem esta negociação”, concluiu.

O secretário-geral geral do PCP disse ainda que a Europa “não gosta” e não está de acordo com a política levado a cabo pela esquerda portuguesa, retaliando com ameaças de sanções e chantagens. E sublinha: caso o PS ceda às pressões de Bruxelas, vai existir novo problema a necessitar de resolução.

Na entrevista Jerónimo foi igualmente peremptório quanto à posição do seu partido: o problema dos comunistas é o PS e não o Bloco de Esquerda. Tanto assim é que reiterou: nem Fernando Medina, nem qualquer outro candidato socialista pode contar com o apoio dos comunistas, porque estes vão ter candidato próprio em todas as autarquias. Jerónimo não quer que se confunda: solução política parlamentar não significa que o PCP descure as eleições municipais.

Por fim, Jerónimo agradeceu o apoio que tem recebido de todos os membros do Comité Central e assegurou que se vai manter no lugar como secretário-geral do partido.