“Não faltarão, nas próximas semanas, o agitar de novas promessas, o acenar de milhares e de milhões, as tentativas do PS de condicionar e chantagear os eleitores”, afirmou o líder comunista, numa sessão da CDU em Portel (Évora).
Jerónimo de Sousa aludiu ao projeto do novo Hospital Central do Alentejo, a construir em Évora, para dar um exemplo daquilo a que chamou de “manobra eleitoral habitual do PS em tempo de eleições”.
“Não existiu, ao longo da última legislatura, justificação alguma para que o hospital não tivesse avançado, a não ser o adiamento sucessivo por parte da ARS [Administração Regional de Saúde] Alentejo, ou seja, por parte do Governo”, referiu.
Ao lado da candidata da CDU à Câmara de Portel, Lúcia Cardoso, o líder comunista sublinhou que o início da obra da nova unidade hospitalar foi anunciado “há nove meses”, vincando, contudo, que “ainda nem o estaleiro se avista”.
“Da parte do PCP, continuaremos a intervir com as populações para que não se adie mais esta obra e para que se cumpram os prazos de execução da mesma”, afiançou.
Num discurso de 20 minutos, Jerónimo de Sousa reivindicou para o PCP a responsabilidade por algumas das medidas tomadas este ano pelo Governo, como “o pagamento por inteiro dos salários aos trabalhadores em lay-off”, o “subsídio de desemprego prolongado” para “50 mil” pessoas ou o aumento das pensões.
“Foi muito difícil, o PS teimava em não dar nem um cêntimo, pois nós insistimos, lutámos, dando voz e protesto aos reformados e pensionistas, e a verdade é que houve aumento e, estarão de acordo connosco, no próximo orçamento, lá lutaremos por um novo aumento das pensões e das reformas”, vincou.
Sublinhando que “só foi possível pela determinação do PCP”, o secretário-geral comunista disse que “esta realidade contrasta com os atrasos e as limitações que o Governo do PS tem colocado para entravar a concretização de um conjunto significativo de outras medidas inscritas no Orçamento do Estado”.
Na sua intervenção, Jerónimo apontou ainda a necessidade do aumento dos salários, a valorização das carreiras, o aumento do salário mínimo nacional para 850 euros e o “combate à precariedade ou à desregulação de horários de trabalho”.
“Um reforço de investimento nos serviços públicos, nomeadamente o indispensável reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas também na educação e na proteção social, e uma outra justiça fiscal que desagrave os impostos sobre os trabalhadores de mais baixos rendimentos”, acrescentou.
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