"Não se pode exigir ao PSD que deixe de criticar, consideramos que a ação governativa não é intocável, nós próprios temos assumido posições divergentes, mas temos sempre esta visão positiva, construtiva, que se reflete, designadamente, a partir de hoje", afirmou Jerónimo de Sousa, referindo-se à atualização extraordinária de pensões.
O secretário-geral do PCP falava aos jornalistas durante uma visita à Feira Medieval de Silves, único concelho no Algarve em que a autarquia é liderada pela CDU, embora tenha frisado que não se tratou de uma ação relacionada com a campanha eleitoral, mas sim uma visita "descontraída".
Jerónimo de Sousa classificou o posicionamento do PSD como sendo de "negação permanente" e de "crítica sem proposta alternativa", pois vai falando de reformas "nunca explicando que reformas são", como é o caso do "corte de 600 milhões de euros na proteção social".
Considerando que faria bem ao PSD ter uma "posição construtiva", o líder do PCP acusou ainda os sociais-democratas de entrarem em contradição ao votarem contra a proposta para baixar o Imposto Municipal dobre Imóveis (IMI) e agora estarem preocupados com "aqueles impostos que são para quem tem património mais elevado ou muito elevado".
Questionado pelos jornalistas sobre o veto presidencial ao diploma que introduzia alterações à municipalização da Carris, Jerónimo de Sousa disse considerar que a solução encontrada é boa, "desde que se mantenha o princípio da não privatização" da empresa de transportes.
"Acho que é possível, tendo em conta a mensagem do Presidente, que não declarou a inconstitucionalidade. Pensamos que é possível de uma forma desdramatizada encontrar a solução adequada", concluiu.
A Feira Medieval de Silves arrancou na sexta feira na zona histórica da antiga capital do Algarve e prolonga-se até ao dia 20 de agosto.
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