No ataque à aldeia predominantemente cristã de Pemi, no estado de Borno, o grupo saqueou um hospital e raptou um padre antes de atear fogo à unidade de saúde e à igreja da aldeia, de acordo com o líder das milícias locais Abwaku Kabu.

“Atacam-nos quando estamos a cozinhar, é quando nos vêm matar, além de destruir e roubar a nossa comida de Natal”, disse Abubakar Umar, um dos habitantes da aldeia, num contacto telefónico com a EFE, adiantando que o mesmo aconteceu no ano passado.

Segundo fontes da segurança que não quiseram ser identificadas, os ‘jihadistas’ chegaram em camiões e motorizadas e começaram a disparar indiscriminadamente, tendo matado 11 pessoas, além de saquearem casas, queimarem duas igrejas e sequestrarem um padre.

Na mesma tarde de 24 de dezembro, o Boko Haram atacou a cidade de Garkida, no estado de Adamawa, matando pelo menos seis pessoas, incluindo um polícia, confirmaram à EFE fontes locais.

Segundo fontes policiais citadas pelo jornal local Daily Trust, o ataque durou várias horas e pelo menos três pessoas foram sequestradas, apesar da presença de forças militares na zona.

Criado em 2002 em Maiduguri (capital do estado de Borno) para denunciar o abandono do norte do país pelas autoridades, o Boko Haram já assassinou mais de 27.000 civis e causou cerca de dois milhões de deslocados, segundo dados da ONU.