Cobb era o último dos músicos vivos do sexteto de Davis que gravou o aclamado álbum de jazz, e que incluía também os saxofonistas John Coltrane e Julian “Cannonball” Adderley, além do pianista Bill Evans.
James Wilbur Cobb foi membro da banda de Miles Davis entre 1957 e 1963, tendo tocado em várias gravações do trompetista, incluindo “Porgy and Bess” (1959), “Sketches of Spain” (1960), “Miles Davis in person: Friday Night at the Blackhawk” (1961) e “Miles Davis no Carnegie Hall” (1962).
O músico nasceu em Washington em 20 de janeiro de 1929, e antes de fazer 20 anos já tocara com Billie Holiday, mas foi a participação no disco “Kind of Blue”, em 1959 que mudou a sua carreira.
Miles Davis, que morreu em 1991, encorajou os músicos a improvisar, com poucos ensaios: antes da gravação, tinha algumas notas e ideias, mas não havia pautas musicais, contou Cobb.
O álbum foi aclamado pela crítica e o público, mas nenhum dos músicos do sexteto de Davis imaginava que viesse a gozar de tão grande longevidade ou se tornasse num ícone do jazz. “Sabíamos que era bastante bom”, brincou Cobb numa entrevista, em declarações citadas pela agência de notícias Associated Press (AP).
“Kind of Blue” vendeu cerca de quatro milhões de cópias e continua a ser, mais de 60 anos depois, o álbum de jazz mais vendido de todos os tempos.
Jimmy Cobb tocou também com alguns dos maiores nomes do jazz, como Billie Holiday, Charlie Parker, Dizzy Gillespie, Sarah Vaughan, Dinah Washington ou Brad Mehldau, e editou ainda álbuns em seu nome. O percussionista lançou o último disco, “This I Dig of You”, em agosto de 2019.
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