“É bom para o país, é um país cristão, tem Fátima”, afirmou Caroline Moutinho, francesa que a agência Lusa encontrou nas imediações da Praça de São Pedro, acompanhada do marido e dos dois filhos.
Considerando que Portugal recebe muito bem os estrangeiros, Caroline Moutinho, de 42 anos e de pai português, frisou que “é um povo gentil, com o coração nas mãos, que ajuda os turistas”.
Depois, a turista francesa elencou a cultura, a gastronomia e outras mais-valias do país, para salientar que estas também serão atratividade do país por ocasião da JMJ.
Já Susana Gonçalves, portuguesa de Braga, de férias em Roma, explicou que vieram “ter com o Papa”.
“E agora seguimo-lo para Portugal, até Lisboa”, adiantou Susana Gonçalves, de 44 anos, para quem a JMJ na capital portuguesa vai ser a sua primeira participação num acontecimento como este.
Para Lisboa vão, também, o marido e as três filhas, explicou, antevendo um “tempo de renovação e esperança”.
“Precisamos muito disto”, declarou a turista portuguesa, assumindo que muitos olhos vão estar em cima do país, pelo que as críticas vão surgir.
Na capital portuguesa, não tem dúvidas de que os jovens sentir-se-ão bem acolhidos.
“Quem está lá pelo motivo certo, sentir-se-á muito bem acolhido, porque nós sabemos acolher, sabemos receber”, adiantou Susana Gonçalves, de 44 anos.
Um espanhol, que conheceu o norte do país, rematou: “As pessoas de Portugal são muito amáveis, doces”.
Já Ivan Correa, colombiano a viver em Newark (onde vive uma grande comunidade portuguesa), nos Estados Unidos da América, adiantou que esteve por duas ocasiões em Portugal, 2017 e 2019, onde foi bem recebido.
“Vinha de Barcelona [Espanha] e em Portugal é tudo mais barato, as pessoas são mais simpáticas, falam inglês, há rede sem fios em todo o lado e transportes para todo o lado”, afirmou o turista de 32 anos.
Desconhecendo que Lisboa vai receber um milhão de jovens a partir de terça-feira, o turista, que se assumiu como “não religioso”, realçou que o povo é muito caloroso e ajuda quando é preciso, incluindo quando são necessárias direções para chegar a algum lugar.
“Até nos acompanham”, acrescentou, enquanto a mãe de Ivan falava das “natitas” que se vendem em Newark, para sublinhar que não são como os pastéis de nata comprados em Lisboa.
Mais de um milhão de pessoas são esperadas em Lisboa para a JMJ com o Papa Francisco.
O Papa, primeiro a inscrever-se na JMJ, chega a Lisboa na quarta-feira, tendo prevista uma visita de duas horas ao Santuário de Fátima no sábado, para rezar pela paz e pelo fim da guerra na Ucrânia.
Considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, a jornada nasceu por iniciativa do Papa João Paulo II (1920-2005), após um encontro com jovens em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.
As principais cerimónias da JMJ decorrem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures, e no Parque Eduardo VII, no centro da capital.
* Por Sílvia Reis, enviada da agência Lusa
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