Na newsletter de março, para se ganhar bilhetes, o desafio era o de enviar um pequeno texto, com o tema: "Filipe La Féria diz que "Fátima" é um espetáculo não só para crentes. Considera os acontecimentos da Cova da Iria um marco da História portuguesa?"

Os vencedores vão poder assistir à sessão de dia 2 de abril (quarta-feira), data em que se assinala a 100.ª apresentação desta ópera-rock no Politeama.

Aqui estão os textos dos vencedores:

Ruben Carvalho

Na minha opinião, os acontecimentos da Cova da Iria são, sem dúvida, um marco na História de Portugal. Desde pequeno, segui a religião católica, mas por volta dos 21 anos, acabei por me afastar. Reconheço a relevância de Fátima, tanto para crentes como para não crentes. É um local onde podemos demonstrar respeito e experienciar algo que nos transcende. Compreendo o que atrai tantas pessoas ao sítio, seja pela fé, seja pela cultura. Independentemente de acreditarmos ou não, é impossível ignorar a influência que Fátima tem na sociedade portuguesa. A cidade transformou-se num ponto de encontro para milhares, quer por razões religiosas quer turísticas.

Maria Olindina Pedro

Verdade, considero os acontecimentos da Cova da Iria um marco da
história portuguesa.

Embora Fátima esteja profundamente enraizados na fé católica, a sua influência e impacto vão para além da religião.

Os acontecimentos da Cova da Iria são um marco da história portuguesa por várias razões:

  • O impacto cultural - Fátima tornou-se um símbolo da cultura portuguesa, atraindo milhões de visitantes e peregrinos de todo o mundo;
  • Uma identidade nacional - Os eventos de Fátima reforçaram a identidade nacional portuguesa, destacando a importância da fé e da espiritualidade na história e na cultura do país;
  • Legado espiritual - Os acontecimentos da Cova da Iria continuam a inspirar e a influenciar a espiritualidade e a fé de milhões de pessoas em todo o mundo.

Portanto, quero concordar com Filipe La Féria, que o espetáculo Fátima é um evento que transcende a fé e se transforma num marco da história portuguesa.

Pedro Ramos

O ano era 1917, e corria um período de enorme instabilidade política e social, com a Primeira Guerra Mundial e a implementação da Primeira República. No meio deste turbilhão de eventos e emoções, três pastorinhos – Lúcia, Francisco e Jacinta – conseguiram reforçar a fé da população e rejuvenesceram a religiosidade em Portugal.

Além do impacto religioso, Fátima tornou-se um símbolo da identidade nacional e um centro de peregrinação que atrai milhões de fiéis todos os anos. A sua importância é incontornável e terá para sempre um lugar na história, com uma mensagem de paz que ecoa não só em Portugal, mas também no mundo inteiro.

Até do ponto de vista político, as aparições tiveram um papel relevante, com a reaproximação entre a Igreja e o Estado Novo. Anos mais tarde, em 1982, o Papa João Paulo II associou os eventos relacionados com o atentado que sofreu em 1981 ao "terceiro segredo de Fátima", o que reforçou a relevância internacional do santuário.

Mais de cem anos após as aparições, Fátima continua a mover pessoas, a alimentar a fé, a fazer cumprir promessas e a ser um local especial para todos os que querem sentir uma paz especial e uma ligação a algo maior.

Rui Gregório

Os acontecimentos da Cova da Iria marcam a nossa história e a nossa identidade. Tantas vezes em que pelo estrangeiro ouvimos referências a Fátima, ou no desejo de lá passar, ou na recordação de quem já lá esteve. Tantas vezes em que os nossos compatriotas, que estando mais longe, ao voltar a Portugal, não terminam a sua estadia sem parar por lá. Tantos que por cá vivendo não passam um ano da sua vida sem por lá marcar presença. O testemunho daqueles que por lá encontramos confirmam-nos essas impressões.

Ana Martins

As aparições de Fátima são seguramente um marco, não só da História portuguesa como também da História mundial. Principalmente para a Igreja Católica, como se comprova pelas frequentes deslocações dos diversos Papas ao longo dos tempos, sendo as mais marcantes as deslocações do Papa João Paulo II para agradecer a Nossa Senhora ter intercedido por ele no atentado de que foi vítima, na praça de São Pedro, em 1981, e cuja bala está incrustada na coroa de Nossa Senhora, em Fátima.

Para além disso, todos os anos, a 13 de Maio, milhares de pessoas de todos os cantos do mundo se deslocam a Fátima, imbuídos de uma inexplicável e inabalável fé em Nossa Senhora e nos milagres que lhe são atribuídos. Muitos dos peregrinos nem são católicos - por vezes nem sequer crentes - e é comum ouvirmos testemunhos de pessoas que confessam sentir-se bem em Fátima, junto ao Santuário ou na Capelinha das Aparições, atribuindo ao local uma mística inexplicável que faz com que se sintam em paz consigo próprios e a presença de uma entidade superior que não conseguem definir ou nomear.

Como diz o povo, "A fé move montanhas" e talvez seja isso que os peregrinos e os devotos de Nossa Senhora de Fátima procuram: algo que os ajude a mover as montanhas com que se vão deparando ao longo da vida...

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