A intervenção de João Dias Coelho, que chegou a integrar o Conselho de Jurisdição em substituição de outros membros, no 39.º Congresso Nacional levou Paulo Colaço a pedir a palavra para responder.

“O Conselho de Jurisdição Nacional funcionou muitíssimo bem até o João Dias Coelho entrar, deixámos de ter clima para decidir com tranquilidade a partir do momento que entrou uma pessoa com muita vontade de fazer política no Conselho de Jurisdição Nacional”, contrapôs.

João Dias Coelho tinha defendido que o presidente do partido, Rui Rio, “é um homem com valor, sem qualquer rabo de palha, que tem feito tudo para entusiasmar o partido a ir para o seu devido lugar na sociedade e ocupar o espaço que lhe é devido”.

“Não podemos ter órgãos que não contribuem para isso e falo concretamente sobre o Conselho de Jurisdição Nacional. O Conselho de Jurisdição Nacional, neste mandato, foi uma vergonha”, acusou, recordando que este “é um conselho disciplinar que tem como função regular o comportamento e as queixas que lhe são presentes”.

Para o militante — que apresentou a este congresso a moção L, intitulada “Valorizar o ambiente e assegurar a sustentabilidade” — o Conselho de Jurisdição Nacional “não tem como função fazer entrevistas, fazer declarações públicas, contar anedotas, fazer a promoção daquilo que é ridículo”.

“A postura de um Conselho de Jurisdição tem que ser exemplar e começa por quem o representa, que é o senhor presidente”, enfatizou, afirmando que nunca na sua vida política assistiu ao que aconteceu neste mandato, uma declaração que lhe valeu algumas palmas da plateia.

Na resposta, Paulo Colaço referiu-se a uma das críticas de João Dias Coelho sobre a necessidade de o presidente deste órgão dever ter formação jurídica.

“A questão do curso de direito é muito interessante porque o antecessor no Conselho de Jurisdição Nacional, o doutor Nunes Liberato, é economista e foi um grande presidente do Conselho de Jurisdição Nacional do PSD.

O presidente do Conselho de Jurisdição Nacional terminou a sua intervenção com uma curta frase: “relativamente a tudo o que foi dito pelo João Dias Coelho, quero dizer que só se atiram pedras às árvores que têm fruto”.