Falando durante uma audição no parlamento sobre a Conta Geral do Estado de 2018, o ministro das Finanças salientou o “prestígio sem paralelo” granjeado pelo seu antecessor neste cargo e afirmou não ter dúvidas de que Mário Centeno vai contribuir para que Portugal tenha uma voz mais ativa na coordenação de esforços com outros países na resposta à crise.

“O Governo fica muito contente que Mário Centeno tenha aceitado ser indicado para ser governador do Banco de Portugal”, referiu João Leão, acentuando que se trata de uma pessoa “que granjeou um prestígio sem paralelo” que se vai refletir na coordenação da resposta à crise, a nível europeu.

“Não tenhamos dúvidas disso, de que vai ter um valor acrescentado muito grande para Portugal”, referiu, acrescentando: “devemos ficar contentes por ter aceitado ficar em Portugal”.

As afirmações de João Leão surgiram na sequência de questões do deputado João Cotrim Figueiredo, da Iniciativa Liberal, sobre a independência de Mário Centeno para assumir o cargo de governador do Banco de Portugal depois de ter sido, durante a anterior legislatura e no início desta, ministro das Finanças.

Salientando que Mário Centeno é reconhecido pelo seu rigor e independência, ao ponto de os partidos da oposição por várias vezes terem apontado o facto de ser independente quando ainda integrava o Governo, João Leão afirmou estar convicto de que ninguém “tem dúvidas da seriedade e independência com que vai desempenhar estas funções”.

Hoje, a Comissão de Orçamento e Finanças vai votar o relatório da audição de Mário Centeno no âmbito da proposta de designação para o cargo de governador do Banco de Portugal.