No final de uma visita à fábrica de charutos Cohiba, em Havana, o próprio Presidente informou os jornalistas da morte de João Lobo Antunes e fez uma declaração "de homenagem e evocação" do neurocirurgião e apresentou condolências à sua família.
Marcelo Rebelo de Sousa, que hoje termina uma visita de Estado de dois dias a Cuba, lembrou João Lobo Antunes como "uma figura ímpar" e "um grande académico, um grande intelectual, com uma cultura vastíssima".
O chefe de Estado evocou ainda o neurocirurgião como "uma figura cimeira no domínio da saúde e da ética das ciências da vida", que era "respeitado por toda a sociedade portuguesa", como colegas de medicina, alunos e doentes.
"É uma perda de um amigo, mas é também a perda de um grande português", sublinhou.
O neurocirurgião João Lobo Antunes morreu hoje aos 72 anos, disse à agência Lusa fonte do Ministério da Saúde.
João Lobo Antunes era atualmente presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida.
Licenciado em Medicina pela Universidade de Lisboa com uma média final de 19,47 valores, foi professor catedrático de neurocirurgia da Faculdade de Medicina de Lisboa e foi diretor de serviço de neurocirurgia do Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
A nível político, foi mandatário nacional das candidaturas presidenciais de Jorge Sampaio, em 1996 e de Cavaco Silva em 2006. Com Cavaco Silva, Lobo Antunes fez depois parte do Conselho de Estado.
No ano passado, foi-lhe atribuído o Prémio Nacional de Saúde 2015 e no último de 25 de Abril recebeu das mãos do Presidente da República a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade. Já antes tinha recebido a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique e a Grã Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago de Espada.
Depois de agraciado em 1996 com Prémio Pessoa, recebeu em 2003 a Medalha de Ouro de mérito do Ministério da Saúde e em 2013 o Prémio da Universidade de Lisboa.
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