João Lourenço, que discursava na sessão de abertura da VI reunião ordinária do Comité Central do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), a primeira que dirige desde que tomou posse como presidente do partido, em setembro passado, fez um discurso maioritariamente voltado para o combate à corrupção e com exemplos ligados à família de José Eduardo dos santos, sem, porém, citar nomes.

Sem também responder direta ou indiretamente às palavras de Eduardo dos Santos, que, depois de João Lourenço ter afirmado que encontrou "vazios" os cofres do Estado quando assumiu o poder, disse ter deixado 15 mil milhões de dólares em reservas internacionais líquidas - facto confirmado quinta-feira pelo Governo -, o líder do MPLA virou o discurso para a empresária Isabel dos Santos e para o gestor José Filomeno dos Santos, mas sempre sem os nomear.

O líder do MPLA disse que, "de forma pouco responsável", se confiou a "um jovem inexperiente" a gestão de biliões de dólares do país (José Filomeno dos Santos era presidente do Fundo Soberano - no valor de 5.000 milhões de dólares), o partido "não pode ficar indiferente e tem de bater o pé perante tamanha afronta aos verdadeiros donos desses recursos, o povo angolano".

Aos militantes do MPLA, o também Presidente de Angola sublinhou que, quando o partido tiver a coragem de assumir esta postura, então o país "sairá a ganhar" porque, se o exemplo vier daí, haverá a "certeza" de que toda a sociedade o seguirá.

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