“Com certeza que vou visitar Portugal. Não posso adiantar a data, uma vez que devem ser negociadas e ainda não o estamos a fazer”, afirmou o Presidente angolano, à chegada a Santa Maria, ilha do Sal, onde decorre entre hoje e quarta-feira a XII conferência de chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Questionado sobre o estado das relações entre Luanda e Lisboa, João Lourenço disse que “são boas, quer com Portugal, quer com todos os países da CPLP”.
À pergunta se vai reunir-se, à margem da cimeira, com o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, ou com o primeiro-ministro, António Costa, o chefe de Estado angolano referiu que vai “falar com todos”.
Sobre a cimeira da CPLP, que, entre outros temas, vai debater a promoção da circulação dos cidadãos lusófonos, João Lourenço disse que, durante o debate, os nove países irão procurar “as melhores soluções para facilitar a mobilidade entre os povos dos nossos países”, que “une e aproxima os povos e portanto cria outro tipo de sinergias”.
A comunidade lusófona, que hoje celebra 22 anos, “deu passos bastante positivos, cresceu”, comentou.
“De cimeira em cimeira, viemos consolidando cada vez mais a nossa comunidade”, acrescentou.
Questionado sobre o pedido de ajuda da Guiné-Bissau, que diz precisar de 3,5 milhões de dólares (quase três milhões de euros), Lourenço disse desconhecer essa posição, mas afirmou que terá “oportunidade de falar” com o Presidente guineense, José Mário Vaz.
Durante a XII conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP, com o lema “Cultura, Pessoas e Oceanos”, Cabo Verde vai assumir o exercício da presidência desta organização, por um período de dois anos.
Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste são os Estados-membros da CPLP.
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