“O Presidente da República não foi testado desta vez, nem havia necessidade de ser testado”, disse hoje a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, numa conferência de imprensa em Luanda, acrescentando que João Lourenço e a primeira-dama (Ana Dias Lourenço) “foram testados noutras ocasiões, com resultado negativo, e gozam de boa saúde”.

A ministra esclareceu ainda as circunstâncias em que os outros membros do Bureau Político (BP) do Movimento Popular para a Libertação (MPLA) foram testados depois de ser detetado um caso positivo na cúpula do partido do poder em Angola.

Sílvia Lutucuta explicou que foram seguidas as recomendações de saúde pública e vigilância epidemiológica segundo as quais se deve “saber rapidamente quem são os contactos ou pessoas que interagiram” com a pessoa em causa, para serem rastreadas e testadas.

“Foi o que aconteceu e é o que acontece em qualquer situação. Não foi só por ser membro do BP, sempre que surge um caso temos de tomar medidas de saúde publica e rastrear os contactos e foi o que fizemos”, sublinhou.

A responsável da pasta da Saúde salientou também que “os testes levam o seu tempo” e podem demorar entre 24 e 48 horas, acrescentando que “em tempo útil” será dada informação sobre os resultados dos testes aos membros do BP do MPLA.

O caso positivo foi detetado num dirigente que participou na reunião do passado dia 30 de junho.

Tendo em conta o resultado, “como medida de saúde pública, e seguindo as recomendações das autoridades sanitárias e da Organização Mundial de Saúde, há necessidade de fazer um rastreio de todos os contactos”, explicou um porta-voz do MPLA à Lusa, indicando que todos os membros da cúpula do partido que participaram na reunião vão fazer hoje o teste “para confirmar se estão infetados” e procurar “cortar a cadeia de transmissão”.

O órgão máximo do MPLA tem 72 membros, mas estiveram presentes na reunião menos de 50 pessoas, para cumprir o distanciamento social e as regras do estado de calamidade.

Os membros do Bureau Político que se encontram fora de Luanda, província que está sob cerca sanitária, participaram através de videoconferência.

Questionada sobre o número de casos sem vínculo epidemiológico, que se aproximam da centena, indiciando que Angola estará próxima da transmissão comunitária no país, Sílvia Lutucuta aconselhou a “não tirar conclusões precipitadas”, pois os casos estão ainda a ser investigados.

“O mais importante de tudo é que os angolanos percebam que o nosso quadro mudou drasticamente”, salientou.

Angola conta com um total de 386 casos de infeção pelo novo coronavírus, dos quais 21 óbitos e 117 recuperados.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 539 mil mortos e infetou mais de 11,69 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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