O candidato Lee Ka-chiu, John, “obteve 1.416 votos”, sendo eleito chefe do executivo da Região Administrativa Especial de Hong Kong, indicaram as autoridades eleitorais, num comunicado publicado no ‘site’ das eleições.
“Agradeço o vosso apoio à eleição do chefe do executivo”, disse Lee, de 64 anos, num breve discurso proferido depois de anunciados os resultados, noticiou o jornal local South China Morning Post.
No período de votação, entre as 09:00 (02:00 em Lisboa) e as 11:30 (04:30), 1.428 membros da comissão depositaram o seu voto, o que representa uma taxa de participação de 97,7%, de acordo com um comunicado das autoridades locais.
A comissão eleitoral é composta por 1.463 membros, na maioria pró-Pequim.
Cerca de sete mil polícias foram destacados para evitar qualquer incidente durante a votação, indicou a imprensa local.
A Liga dos Sociais-Democratas, um dos últimos grupos pró-democracia, organizou uma manifestação de três pessoas, antes da abertura das assembleias de voto, para exigir “o sufrágio universal, agora”.
“Sabemos que esta ação não terá qualquer efeito, mas não queremos que Hong Kong fique completamente silenciosa”, declarou a manifestante Vanessa Chan, perante dezenas de agentes policiais.
Secretário para a Segurança no executivo da chefe do executivo cessante, Carrie Lam, Lee supervisionou as operações policiais para pôr fim aos protestos antigovernamentais que abalaram a cidade em 2019.
Em 2020, Pequim impôs uma lei da segurança nacional que abafou qualquer dissidência, bem como uma reforma do sistema político para garantir que apenas “candidatos patriotas”, leais ao Governo chinês, governem a região semiautónoma chinesa.
John Lee herda uma cidade e terceira praça financeira mundial praticamente isolada do mundo devido às medidas restritivas de controlo da covid-19.
Sob o slogan “Iniciar em conjunto um novo capítulo para Hong Kong, Lee prometeu um governo “orientado para resultados”, mas o programa de 44 páginas, publicado na semana passada, apresentou poucas medidas concretas.
Na campanha eleitoral, Lee comprometeu-se a promulgar legislação local para proteger o território das ameaças à segurança nacional, aumentar a oferta de habitação no mercado imobiliário mais caro do mundo, melhorar a competitividade da cidade e estabelecer uma base firme para o desenvolvimento de Hong Kong.
Em 01 de julho, data que marca a transferência de soberania de Hong Kong do Reino Unido para a China, John Lee vai substituir Carrie Lam, de 65 anos, que decidiu não se candidatar a um novo mandato de cinco anos.
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