"Nós pretendemos abordar a cultura tradicional, no presente, perceber o valor que as mesmas têm para as comunidades atuais, de forma a preservar a sua identidade e perceber o seu valor socioeconómico", explicou à Lusa Helder Ferreira, um dos mentores do projeto.
Jornadas Culturais são uma iniciativa da Progestur, em parceria com a Fundação Inatel, com o apoio da Universidade Lusófona e das Câmaras Municipais envolvidas neste projeto, tais como Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Proença-a-Nova e Viana do Castelo. Em conjunto vão procurar levar ao público uma reflexão sobre as tradições, e sobre vários aspetos multidisciplinares que as envolvem.
A iniciativa começa no Centro Tradicional "Sons da Terra", com sede em Sendim, no distrito de Bragança, e vai debater as festas que se realizam um pouco por todo o país, nesta altura do ano, em torno do "Solstício do Inverno".
Nas jornadas dedicadas às festividades dedicadas às Festas e Rituais do Solstício de Inverno vão participar investigadores e especialistas convidados, Alfredo Cameirão, Antero Neto, Eduardo Moraes Sarmento, Jorge Lira, Mário Correia e o presidente da Câmara de Miranda do Douro, Artur Nunes.
A sessão contará ainda com a presença de Francisco Madelino, presidente da Fundação Inatel, e de Hélder Ferreira, presidente da Progestur, moderadores desta primeira sessão de debates das Jornadas Culturais.
"Tendo como principal objetivo a divulgação e valorização do património cultural de Portugal, estas Jornadas Culturais irão proporcionar um amplo debate e a reflexão sobre a importância cultural de tradições portuguesas na comunidade de hoje, utilizando uma abordagem de caráter multidisciplinar", explicou Helder Ferreira.
As primeiras Jornadas Culturais "Porque se fazem as festas?", estão divididas em quatro sessões de debates que se iniciam no final de 2018, em Miranda do Douro, e se prolongam, ao longo do ano 2019, passando pelos municípios de Macedo de Cavaleiros, Proença-a-Nova, Viana do Castelo e Lisboa.
A seguir ao debate em torno das Festas dos Solstício de Inverno, as abordagens culturais vão continuar em Macedo de Cavaleiros (Bragança), com uma jornada ligada ao Entrudo, seja ele rural ou urbano, marcada para o mês de fevereiro.
Em abril, Proença-a-Nova, no distrito de Castelo Branco, recebe a iniciativa que será dedicada à religiosidade da Semana Santa. Em Viana do Castelo, em maio, serão debatidas as grandes romarias tradicionais do país.
Por fim, na Universidade Lusófona, em Lisboa, será feita uma síntese das quatro sessões, que depois serão reunidas num livro das atas para elaboração de um documento, para memória futura.
De acordo com a organização, todas sessões serão transmitidas 'online', na página do Facebook da Progestur.
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