O editorial, assinado pelo diretor do jornal, que é detido totalmente pelo Estado angolano, intitula-se "A viragem no caminho da América" e aborda essencialmente as preocupações mundiais após a tomada de posse de Donald Trump como Presidente dos Estados Unidos da América (EUA).
"Portugal prepara-se para exercer uma interferência em massa nas eleições gerais deste ano em Angola", lê-se no editorial.
"O voto não é respeitado. Uma fraude eleitoral e um escândalo", lê-se no editorial, sobre o processo eleitoral norte-americano, por ser "decidido por um Colégio Eleitoral que decide de modo diferente da vontade expressa pelo eleitorado".
"A derrota de Hillary, vencedora da votação, foi uma vergonha para a democracia mundial"
"A candidata democrata Hillary Clinton teve mais três milhões de votos do que o adversário, suficientes para ser declarada vencedora, mas o Colégio Eleitoral deu a vitória a Trump. A derrota de Hillary, vencedora da votação, foi uma vergonha para a democracia mundial", insiste o editorial do Jornal de Angola.
Após uma extensa análise ao processo eleitoral dos Estados Unidos e de crítica aos oito anos de liderança de Barack Obama, o texto termina com um alerta: "Portugal prepara-se para exercer uma interferência em massa nas eleições gerais deste ano em Angola".
Acrescenta que "com a ajuda de antigos colonos, servidores do apartheid, finança internacional, falsos jornalistas, canais televisivos e revolucionários de pacotilha, está em curso um plano diabólico".
"Talvez não fosse mau seguir as lições do passado e o exemplo de Trump. Deixem ser os próprios angolanos a decidir sobre os seus destinos", conclui o editorial.
Angola tem previstas eleições gerais (presidenciais e legislativas) para agosto de 2017.
O país é liderado desde 1979 por José Eduardo dos Santos, mas o chefe de Estado anunciou anteriormente que pretende retirar-se da vida política em 2018.
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