“Retomámos hoje às 08:00 as buscas, apenas por via terrestre, mas ainda sem resultados”, disse à agência Lusa Pedro Fernandes da Palma, capitão do Porto de Lagos.

Estas ações envolvem apenas “os militares de vigilância motorizada da Autoridade Marítima e a Polícia Marítima” e incidem sobretudo na praia onde se deu o desaparecimento, na zona das arribas, assim como em algumas das praias adjacentes, adiantou.

Segundo o responsável este “deverá ser o último dia de buscas ativas” já que o desaparecimento aconteceu “há mais de 50 horas”, mantendo as autoridades o patrulhamento e rondas habituais, mas “com uma especial atenção naquelas praias durante os próximos dias” - entre a praia das Furnas e de Cabanas Velhas, perto da localidade de Salema.

Com cerca de 30 anos e dupla nacionalidade belga e canadiana, o desaparecido estava de férias em Portugal e entrou na água - com um outro de nacionalidade alemã - “numa praia não vigiada” e numa altura em que o mar apresentava “uma ondulação forte”.

O homem desapareceu nas águas “depois de ter ficado em dificuldades no mar e ter sido arrastado para uma zona rochosa”. O outro homem conseguiu “chegar a terra pelos próprios meios”, adiantou Pedro Fernandes Palma.

As buscas iniciaram-se na sexta-feira, mantendo-se durante essa noite com a maré vazia. Foram retomadas no sábado com um helicóptero da Força Aérea Portuguesa, com uma lancha da estação salva-vidas de Sagres, com elementos da polícia marítima, Bombeiros Voluntários de Vila do Bispo e militares do sistema de vigilância motorizada da Autoridade Marítima.

As condições da maré não permitiram buscas terrestres ao longo da linha da costa durante a tarde de sábado, tendo sido interrompidas ao final do dia e retomadas hoje.

O facto de este desaparecimento ter ocorrido numa praia não vigiada, levou o Capitão do Porto de Lagos a relembrar os cuidados a ter “numa altura em que a época balnear está a terminar” e, principalmente, numa altura em que “o mar começa a ficar forte”.

“A Autoridade Marítima recomenda que se escolham zonas com vigilância por nadadores salvadores, conhecedores do mar e dos locais seguro para se tomar banho”, alertou Pedro Fernandes da Palma.