“Encerradas as eleições, cabe congratular o Presidente eleito e desejar que faça um bom Governo”, disse Sérgio Moro, responsável pela operação Lava Jato, citado pelo jornal brasileiro O Estado de São Paulo.

Na sua mensagem, o juiz brasileiro defende que “são importantes, com diálogo e tolerância, reformas para recuperar a economia e a integridade da administração pública, assim resgatando a confiança da população na classe política”.

Sérgio Moro condenou Luiz Inácio Lula da Silva por corrupção e lavagem de dinheiro, em primeira instância, no âmbito dos casos de corrupção da Petrobras.

O ex-Presidente, preso desde abril, é acusado de ter recebido um apartamento no litoral de São Paulo como pagamento de ‘luvas’ da construtora OAS para favorecer a empresa em contratos com a Petrobras.

O ex-líder do Partido dos Trabalhadores (PT) fora condenado por Sergio Moro na primeira instância a oito anos e seis meses em junho do ano passado e viu confirmada a sua sentença em janeiro passado por três juízes de segunda instância – da 8.ª Turma do Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF-4), que também aumentaram a pena para doze anos e um mês de prisão.

Na altura da sua prisão, Lula da Silva era o grande favorito à Presidência do Brasil em todas as sondagens.

O candidato do Partido Social Liberal (PSL, extrema-direita) Jair Messias Bolsonaro, 63 anos, capitão do Exército reformado, foi eleito no domingo, na segunda volta das eleições presidenciais, o 38.º Presidente da República Federativa do Brasil, com 55,1% dos votos.

De acordo com os dados do Supremo Tribunal Eleitoral, Fernando Haddad, candidato do Partido dos Trabalhadores (PT, esquerda), conquistou 44,9% dos votos, com o escrutínio provisório (99,99% das urnas apuradas) a apontar para 21% de abstenção do total de eleitores inscritos (mais de 147,3 milhões).

Numa declaração à porta de sua casa, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, ainda no domingo, o Presidente eleito prometeu que o seu Governo “será um defensor da Constituição, da democracia e da liberdade”.

“Este é um país de todo nós, brasileiros natos ou de coração, de diversas opiniões, cores e orientações”, disse Jair Bolsonaro.

O Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, enviou no domingo uma "mensagem de felicitações" a Jair Bolsonaro, na qual se referiu aos "laços de fraternidade" bilaterais e à "significativa comunidade de portugueses e lusodescendentes residentes no Brasil, bem como à cada vez mais importante comunidade brasileira” em Portugal.