"Rejeita-se a petição da acusada para um novo julgamento", decidiu a juíza Alison Nathan, de Manhattan, segundo uma ordem judicial tornada pública pela Justiça americana.

Ghislaine e os seus advogados tinham solicitado um novo julgamento desde que um dos membros do júri, que a declarou culpada a 29 de dezembro, revelou a meios de comunicação britânicos que o próprio tinha sido vítima de violência sexual quando criança.

Depois do julgamento, o homem de 35 anos, Scotty David, falou com a imprensa, em janeiro, e admitiu a 8 de março que se tinha esquecido de mencionar que tinha sido abusado sexualmente na infância nas respostas a um questionário para ser membro do júri no julgamento de Maxwell.

O homem, denominado pela justiça como "jurado 50", admitiu então uma "falha", e não uma mentira.

No entanto, a defesa de Maxwell acreditava que o jurado poderia ser suspeito de parcialidade ao ter de se pronunciar sobre crimes sexuais contra raparigas menores de idade.

"O jurado 50 posicionou-se de maneira crível e sincera durante sua audiência posterior ao julgamento. É lamentável, mas não deliberado que ele não tivesse revelado as agressões sexuais sofridas no passado durante a seleção para julgamento", escreveu a juíza Nathan em sua decisão.

"O tribunal determina que o jurado 50 não tinha preconceitos contra a acusada e podia ser um jurado justo e imparcial", segundo o documento judicial.

Ghislaine Maxwell foi declarada culpada, a 29 de dezembro, de cinco das seis acusações enfrentadas, a mais grave foi de tráfico sexual de menores de idade para Epstein - que foi acusado de abusar das jovens e que se suicidou na prisão em agosto de 2019, antes ainda do seu julgamento.

A sentença de Ghislaine Maxwell é esperada para 28 de junho.

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