Cerca de 180 estrangeiros estão incluídos na lista, declarou num comunicado a junta militar, que não divulgou os motivos de detenção nem as nacionalidades dos estrangeiros em causa, que depois de libertados vão ser deportados.

O exército disse que tomou a decisão “por razões humanitárias e por compaixão”, tendo anunciado ainda a comutação da pena de 144 condenados a prisão perpétua para 15 anos de prisão.

Myanmar tem estado em turbulência desde a tomada do poder pelo exército em 2021, o que levou a protestos pacíficos em todo o país que a junta militar reprimiu com recurso à violência, desencadeando uma resistência armada generalizada que alguns responsáveis da ONU caracterizaram como guerra civil.

A junta concede regularmente amnistias a milhares de prisioneiros durante comemorações ou festividades budistas. Em 2024, por ocasião do Dia da Independência, foram libertados mais de 9.000 prisioneiros.

Myanmar assinala hoje o dia em que se tornou independente do Reino Unido, em 04 de janeiro de 1948.

Esta manhã, a cerimónia anual organizada na capital Naypyidaw decorreu sob forte proteção e com a presença de cerca de 500 membros das autoridades e militares.

O vice-chefe do exército, Soe Win, discursou em nome do líder da junta, Min Aung Hlaing, que não esteve presente.

Soe Win apelou às dezenas de grupos étnicos armados para que deponham as armas e “resolvam a situação política por meios pacíficos”.

Reiterou igualmente o empenho do exército na organização de eleições democráticas e pediu unidade nacional.