A Tailândia  é governada por uma junta militar há dois anos, após a queda do governo democraticamente eleito. Um referendo realizado no passado domingo, e que aprovou a nova Constituição, foi o primeiro teste eleitoral após o golpe de 2014, apesar da censura que envolveu toda a campanha e que não permitiu, por exemplo, a realização de debates.

Conhecidos os resultados do referendo - que se revelaram às pretensões da junta militar no poder - os Estados Unidos revelaram que estão "preocupados com o processo não inclusivo que envolve a Constituição e com a proibição de debates abertos durante a campanha", segundo a porta-voz do departamento de Estado, Elizabeth Trudeau. "Pedimos às autoridades tailandesas que caminhem na direção de um governo civil eleito (democraticamente) o mais rápido possível".

Washington e Banguecoque mantêm uma aliança militar que remonta à guerra do Vietname e à Guerra Fria, mas a relação bilateral é tensa desde o golpe militar de há dois anos. Desde então, os Estados Unidos têm procurado estreitar os laços com outros países do sudeste asiático, como Vietname, Filipinas, Malásia e Singapura.

"Pedimos com firmeza ao governo que suspenda as restrições às liberdades civis, incluindo a liberdade de expressão e o direito de reunião pacífica, para que o povo tailandês se possa comprometer com um diálogo aberto e sem impedimentos sobre o futuro político do país".