A publicação desta fotografia ocorre dias após uma longa e incomum ausência mediática da mulher do príncipe William, que gerou semanas de especulações sobre o seu estado de saúde.
Com a fotografia deste domingo, o palácio aparentemente estava à espera de pôr fim às dúvidas, especialmente depois da imprensa de celebridades americana ter publicado algumas imagens dela sem posar.
Mas várias agências de imprensa, incluindo a AFP, a Reuters, a Getty e a Associated Press, decidiram cancelar a publicação da foto na noite deste domingo após perceberem que tinha sido grosseiramente adulterada. O consenso entre as agências é que a veracidade da imagem não parece estar em causa, mas sim o facto de ter sido digitalmente editada a tal ponto que se torna pouco ético publicá-la.
"Ficou claro que a imagem de Kate e dos seus filhos fornecida hoje [domingo] pelo Palácio de Kensington foi manipulada", disse a AFP para justificar a decisão. O palácio inicialmente não respondeu às consultas da AFP sobre a foto, mas mais tarde foi avançado que a polémica se seu à inabilidade da princesa em editar fotografias.
"Tal como muitos fotógrafos amadores, faço ocasionalmente experiências com edição. Queria apresentar as minhas desculpas por qualquer confusão que a fotografia de família que partilhámos ontem tenha causado. Espero que todos os que estão a celebrar tenham tido um feliz Dia da Mãe", indicou a mensagem do Palácio de Kensington, assinada com um "C" de Catherine.
Na imagem publicada nas contas oficiais do casal nas redes sociais, Kate aparece a sorrir e cercada pelos seus três filhos, George, Charlotte e Louis, sentada numa cadeira de jardim e vestida com calças de ganga, uma camisola e um casaco escuro.
Segundo o palácio, a imagem foi tirada por William "em Windsor no início desta semana".
"Obrigada pelas vossas mensagens e apoio contínuo nos últimos dois meses. Desejo a todos um feliz Dia das Mães", escreveu Kate.
A última aparição pública da mulher do príncipe William, o herdeiro do trono, foi na missa de Natal da família real em Sandringham, no leste da Inglaterra, há dois meses e meio.
A comunicação sobre a cirurgia e a convalescença de Kate gerou muitas interrogações e até críticas, e difere dos esforços de transparência defendidos pelo Palácio de Buckingham sobre o cancro do rei Carlos III.
Kensington anunciou em 17 de janeiro que Kate tinha passado por uma cirurgia "programada" no abdómen, sem especificar a causa, mas negando que estivesse relacionada a um cancro. E disse que a princesa não retomaria as suas atividades oficiais antes da Páscoa.
Doze dias depois, o palácio informou que a princesa tinha regressado para a sua casa em Windsor. Desde então, não houve mais comunicações, exceto uma breve declaração no final de fevereiro, devido a rumores sobre a sua saúde, dizendo que estava "bem", após o cancelamento de um compromisso público do príncipe William por "razões pessoais".
Mas esta semana, a estratégia comunicativa do palácio falhou quando uma imagem de Kate, com óculos escuros, sentada num carro conduzido pela sua mãe, foi publicada na imprensa especializada norte-americana na segunda-feira.
A imagem não foi publicada pela imprensa britânica, conforme pedido oficial para respeitar a vida privada da família durante a convalescença da princesa.
No dia seguinte, o Ministério da Defesa mencionou numa das suas páginas que Kate participaria em 8 de junho num evento militar relacionado ao aniversário de Carlos III. O seu escritório no Palácio de Kensington não confirmou a sua presença e várias fontes do círculo monárquico afirmam que não foram consultadas previamente pelo governo, que acabou a retirar a menção da presença de Kate.
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