De acordo com fontes de Kiev, que pediram anonimato, a entrega dos mísseis para a frente de combate foi envolta em segredo, com a expectativa de que o primeiro reconhecimento público acontecesse quando já estivessem a ser usados.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pressionou durante vários meses os Estados Unidos para fornecerem sistemas de Mísseis Táticos, conhecido como ATACMS.

Contudo, os EUA hesitaram, temendo que Kiev pudesse usar as armas para atacar o território russo, provocando Moscovo e agravando o conflito.

Biden finalmente deu luz verde à entrega dos mísseis, no mês passado, e prometeu a Zelensky, durante uma reunião na Casa Branca, que os EUA dariam à Ucrânia o ATACMS.

Ainda assim, nessa altura, os EUA recusaram-se a fornecer quaisquer detalhes sobre o momento ou quantos mísseis seriam entregues, embora as autoridades norte-americanas tenham sugerido que o plano era enviar apenas cerca de duas dúzias.

Devido às preocupações persistentes dos EUA sobre a escalada das tensões com a Rússia, a versão ATACMS que foi para a Ucrânia terá um alcance menor do que a distância máxima que os mísseis podem atingir.

Embora algumas versões dos mísseis possam atingir cerca de 300 quilómetros, aqueles que foram enviados para a Ucrânia têm um alcance mais curto e transportam munições de fragmentação.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.