“Duzentos barcos exportaram sete milhões de toneladas de mercadorias”, declarou o ministro das Infraestruturas ucraniano, Oleksandr Kubrakov.

Entre estes carregamentos, “pelo menos cinco milhões de toneladas de produtos agrícolas ucranianos”, precisou o governante na plataforma Telegram.

Em agosto, Kiev estabeleceu um corredor marítimo entre os seus portos do sul do mar Negro e o estreito do Bósforo, algumas semanas após Moscovo ter suspendido o acordo cerealífero entre os dois países em guerra.

Em 27 de outubro, a Ucrânia disse ter exportado 1,3 milhões de toneladas de mercadorias.

O valor de sete milhões de toneladas, saudado hoje pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sugere um aumento substancial das exportações em novembro.

“O nosso corredor marítimo continua a funcionar”, frisou Zelensky.

Na segunda-feira, 31 navios estavam em vias de receber mercadorias em três portos do sul da Ucrânia, enquanto outros 30 cruzavam o corredor nos dois sentidos, segundo Oleksandr Kubrakov.

A retirada russa do acordo cerealífero inquietou numerosos países africanos, sul-americanos e asiáticos, particularmente dependentes das exportações ucranianas.

Moscovo ameaçou intercetar os navios que aportavam ou zarpavam dos portos ucranianos e bombardeou infraestruturas portuárias ou cerealíferas do país em agosto e setembro.

Kiev afirma que estas ações têm por objetivo bloquear as exportações, essenciais para a sua economia, enquanto Moscovo assegura que apenas ataca alvos militares.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.