Segundo a agência noticiosa oficial KCNA, Kim considerou a visita de Xi “uma oportunidade importante” para os dois países mostrarem ao mundo a sua relação “invencível” e amizade “imutável”.
Xi foi saudado em Pyongyang, na quinta-feira, por “centenas de milhares” de norte-coreanos, segundo a televisão estatal chinesa CCTV.
Tratou-se da primeira visita de um chefe de Estado chinês à Coreia do Norte, em 14 anos, numa altura de impasse nas negociações entre Pyongyang e Washington para a desnuclearização da península coreana.
Também as negociações entre Washington e Pequim, para pôr fim a uma guerra comercial que espoletou no verão passado, se encontram num impasse, após a administração Trump acusar os negociadores chineses de recuarem nos seus compromissos e aumentado as taxas alfandegárias sobre quase metade das importações oriundas da China.
Trump e Xi vão abordar as disputas comerciais, na próxima semana, durante o G20, no Japão.
As ruas de Pyongyang estavam repletas de “afeto amigável” pelos chineses, que “compartilharam as alegrias e tristezas” dos norte-coreanos na construção do socialismo, descreveu a KCNA.
Os dois países comunistas lutaram lado a lado contra os Estados Unidos, na Guerra da Coreia (1950-53), que terminou com a assinatura de um armistício, que não foi ainda substituído por um tratado formal de paz.
Nos manuais escolares chineses, a Guerra da Coreia é designada “Guerra para Resistir à Agressão Imperialista Americana e Ajudar a Coreia”.
A visita ocorre numa altura em que Xi e Kim enfrentam um impasse nas negociações com o Presidente norte-americano, Donald Trump, em torno do comércio e desnuclearização, respetivamente.
A visita mereceu destaque na imprensa chinesa, mas o jornal oficial em língua inglesa China Daily advertiu que Xi não tem uma “varinha mágica” para resolver a questão norte-coreana.
“O mundo talvez espere que o líder chinês tenha o poder mágico de transformar uma pedra em ouro com um toque, mas não se pode esperar que Xi seja capaz de resolver todos os problemas na península coreana numa visita de dois dias”, notou o jornal chinês.
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