Segundo o documento, o concurso prevê a recuperação dos claustros de João I e Afonso V, numa intervenção que tem um prazo de execução de um ano.

"Esta era uma obra prioritária e há muito que esperamos a sua concretização. Finalmente, verificamos que o processo está a andar", disse à agência Lusa o diretor do Mosteiro da Batalha, Joaquim Ruivo.

Segundo este responsável, a intervenção destina-se sobretudo à limpeza do claustro real e sua conservação. "Consideramos urgente e necessária a limpeza de todas as fachadas dos claustros, que estão muito expostas aos ventos de norte e noroeste e são uma zona mais agredida pela chuva e menos [soalheira]", constatou Joaquim Ruivo.

O diretor do mosteiro revelou ainda que estas condições atmosféricas têm afetado bastante as decorações manuelinas, umas das primeiras a serem construídas, tendo como consequência a infestação de líquen.

"Temos de realizar agora a limpeza e a conservação, para que daqui a 100 anos não estejam desaparecidas."

Insistindo que "esta é uma obra fundamental", que conta com financiamento europeu, Joaquim Ruivo informou que na limpeza das pedras será utilizado um hidrofugante, produto "certificado e testado", que irá conferir uma maior durabilidade à limpeza e conservação e "impedir infiltrações".