O novo hospital, que deverá estar pronto em 2022, substituirá os hospitais de São José, Capuchos, Santa Marta, Curry Cabral, Dona Estefânia e a maternidade Alfredo da Costa.

"É possível, finalmente, acreditar em dias menos cinzentos", afirmou em comunicado a presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Lisboa Central, Ana Escoval, esperando que "o concurso internacional corra de forma célere, sem contratempos".

No despacho dos secretários de Estado Adjunto e das Finanças e da Saúde lê-se que "o lançamento do procedimento de concurso público (...) só poderá ocorrer depois de obtida a necessária autorização da despesa".

Quando o Conselho de Ministros aprovou o lançamento do concurso, o ministro da Saúde afirmou que “o Hospital de Lisboa Oriental irá servir uma população que ultrapassará um milhão de habitantes" e vai substituir quatro velhos edifícios, "alguns deles centenários que não têm hoje nenhuma condição de modernização possível": São José, Santa Marta, Dona Estefânia e Capuchos.

Adalberto Campos Fernandes avançou que "as propostas deverão ocorrer até ao primeiro semestre de 2018" e estimou que a construção "ocorra entre o final de 2019 e o início de 2022".

Questionado sobre qual o futuro dos edifícios antigos que vão ser desativados, o ministro da Saúde respondeu que existem "decisões que terão que ser tomadas pelo Governo", mas deixou uma garantia: "em nenhum desses espaços, à partida, será conferida nenhuma utilização especulativa de natureza imobiliária".

A nova unidade hospitalar, anteriormente denominada Hospital de Todos-os-Santos, já teve um concurso lançado em 2008, então pelo Governo de José Sócrates, mas a decisão de adjudicação ao consórcio vencedor foi anulada no final de 2013.