“Nas tragédias que têm assolado o país, há sempre uma dificuldade em ter uma explicação para o que aconteceu e há sempre episódios com relatórios”, afirmou o deputado do PSD Miguel Santos, referindo-se ao relatório preliminar sobre o surto de legionella no São Francisco Xavier, que não foi tornado público.

Para Miguel Santos, não houve ainda uma explicação concreta do que aconteceu no São Francisco de Xavier, num surto que infetou 56 pessoas, cinco das quais acabaram por morrer.

“Em termos de causa, continuamos numa zona bastante cinzenta”, disse Miguel Santos ao ministro da Saúde, que começou a ser ouvido ao princípio da tarde da hoje na comissão parlamentar de Saúde, após audições à administração do Centro Hospitalar onde se integra o São Francisco, à diretora-geral da Saúde e ao presidente do Instituto Nacional de Saúde.

O deputado social-democrata considera importante reter que “23 dias depois” do conhecimento do surto não há respostas para as causas nem para quem assume as responsabilidades.

Em todas as audições, o deputado social-democrata frisou que não são ainda conhecidas as causas do surto.

Também o CDS alertou para a importância de se perceber o que aconteceu no São Francisco Xavier, até para que se possam atribuir responsabilidades.

“Quem vai assumir responsabilidades perante os lesados?”, questionou a deputada do CDS Isabel Galriça Neto, sublinhando que a culpa não pode morrer solteira.