“O interior fica cada vez mais para trás. Temos que ter no Orçamento do Estado uma verba específica para as regiões no interior do país. E todos os anos os Governos têm que se comprometer com essa verba”, afirmou André Ventura, que falava no final de uma arruada, na Sertã, no distrito de Castelo Branco.

Para o líder do partido de extrema-direita, a fatia do Orçamento do Estado para investimento seria de 2,5%, mas admitiu estar “aberto a analisar o que pode ser possível ou não”.

André Ventura apontou ainda como medidas um pacote fiscal de incentivos dirigido às empresas que se fixem em territórios de baixa densidade e também às famílias, com um aumento das deduções em termos de impostos sobre o rendimento.

No entanto, para Ventura, a principal medida que poderá ajudar “a valorizar o interior” será o fim das portagens, considerando que estas “encarecem os transportes, os custos das empresas e afasta-as do interior”.

“Fazendo as contas, acho que ainda vamos ganhar sem portagens, porque vamos ter mais empresas, a fixarem-se no interior do país. A [medida] mais urgente é acabar de vez com as portagens”, frisou.

Para isso, usou como exemplo a Guarda, afirmando que chegou-se “a tal ponto”, que hoje “o maior empregador do distrito todo é a Câmara Municipal” da capital de distrito (a Unidade de Saúde Local da Guarda é o maior empregador com mais de dois mil funcionários e o maior empregador privado é a Coficab, com cerca de 600 trabalhadores).

Questionado sobre os custos dessa medida, Ventura referiu que o objetivo seria reduzir em 50% nos primeiros quatro anos “e os restantes 50% até ao fim da próxima legislatura”.

“Estamos convencidos que o que iríamos ganhar com o investimento acrescido no interior do país compensaria largamente isso”, disse.

Para André Ventura, que no documento de 100 medidas para o Governo tem quatro dirigidas ao interior, é responsabilidade do partido “valorizar” territórios de baixa densidade, assumindo que o “Chega quer ser também o partido do interior”.

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