“Qualquer coligação que tenha uma força populista antidemocrática não contará com o apoio do PAN”, afirmou a dirigente do Pessoas-Animais-Natureza (PAN) e também deputada do partido.
Inês Sousa Real, que falava aos jornalistas após visitar uma escola de Braga, foi questionada sobre a disponibilidade do líder do PSD, Rui Rio, em entrevista à Antena 1, para contar com a ajuda parlamentar do Chega para formar governo.
“O PAN tem deixado muito claro que tem uma linha vermelha: não fazemos acordos nem damos a mão a quem tem uma agenda populista antidemocrática e que não respeita os mais basilares direitos humanos”, sublinhou.
Nas declarações aos jornalistas, a porta-voz do PAN lamentou “profundamente que a maior força da oposição não tenha a consciência de que um Estado social de direito não dá as mãos ao populismo antidemocrático”.
Questionada pelos jornalistas sobre o voto antecipado em mobilidade para as eleições legislativas de 30 de janeiro, Inês Sousa Real considerou que a “ausência comunicacional” sobre o processo pode “ter prejudicado a adesão”.
“Ficou aquém, mas não nos podemos esquecer que o parecer foi tardiamente pedido à PGR [Procuradoria-Geral da República], as soluções vieram bastante tarde e a ausência comunicacional poderá ter prejudicado a adesão”, considerou.
Em entrevista à Antena1, Rui Rio rejeitou acordos de coligação com o Chega no Governo mas não rejeita os votos do Chega no parlamento: “Não estou a dizer que não aceito os votos dos deputados que o Chega possa eleger. O Chega terá de dizer se deixa passar o Governo PSD se for minoritário ou se ajuda a esquerda a deitar o Governo do PSD abaixo”.
Questionado sobre se será da sua iniciativa falar com o líder do Chega, André Ventura, nesse sentido, Rio respondeu que não tomará essa iniciativa e reiterou que contactará sim o CDS-PP e a IL.
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