Questionado pelos jornalistas sobre o convite que terá dirigido ao anterior líder do PSD, Pedro Passos Coelho, para participar na campanha e que, segundo o Expresso, foi recusado, Rio escusou-se a o que diz ser um assunto “do foro completamente interno”.

Na mesma linha, o líder do PSD recusou falar sobre o jantar pós-legislativas que está a ser organizado pelo seu adversário interno de janeiro, Luís Montenegro, que também irá participar hoje, em Pombal, na campanha social-democrata, mas não ao lado de Rio.

“Seria pouco racional, pouco inteligente, numa altura em que estamos a uma semana das eleições andar a comentar questões internas específicas”, justificou.

A manhã de campanha do líder do PSD começou em Bragança, com uma arruada animada, que acabou com Rui Rio a subir a um monumento emblemático da cidade para agradecer a todos os que acompanharam a iniciativa num sábado de manhã.

“Vim aqui ao pelourinho, mas não é para ser dependurado. Vim aqui apenas para que não tenham dúvidas de que estive em Bragança, num sítio emblemático do Norte”, afirmou.

Apesar de sublinhar que, nas suas funções, tem de responder às preocupações de todos o país, o líder do PSD não esqueceu as suas origens.

“Não renego as minhas origens, o Norte estará sempre presente em todos os meus atos a partir de 06 de outubro porque estamos certos que vamos ganhar as próximas eleições”, afirmou, na declaração mais enfática sobre o tema que já fez nesta campanha.

Em Bragança, acompanhado pelo cabeça de lista Adão Silva e pelo presidente da Câmara do PSD, Ernâni Dias, Rio foi entrando em lojas e distribuindo os habituais lápis – que muitos aceitavam, mas alguns lamentavam não estarem previamente afiados.

Em geral, Rui Rio foi bem recebido no seu primeiro contacto com a população nortenha, com desejos de “força, boa sorte”, “felicidades para o dia 06”, “para a frente” e até uma profecia de que iria ganhar por “quatro ou cinco”.

Num café emblemático da cidade, o Chave d’Ouro, conversou com um grupo de idosos, a quem perguntou pelo engraxador que costumava existir neste espaço.

“Já aqui vim engraxar os sapatos e sem ser em campanha eleitoral”, contou, relatando uma outra visita a Bragança quando era adolescente e ficou a dormir na pensão Poças, mesmo ao lado do café.

No percurso, uma senhora tentou oferecer-lhe uma rosa, que Rio recusou para “não se estragar” nos ‘apertões’ habituais destas iniciativas.

Questionado se não gosta de rosas – o símbolo do PS -, retorquiu: “Esta não é cor de rosa, é branca, é diferente”.

“Aqui vai ganhar, no país está quase”, disse-lhe um outro senhor, no final da arruada, que terminou com Rio no meio de uma roda entre os elementos da JSD que, como habitualmente, animaram a iniciativa com cânticos.

Há quatro anos, em Bragança, a coligação PSD/CDS-PP elegeu dois dos três deputados escolhidos por este círculo, os sociais-democratas Adão Silva e José Silvano (sendo que este último é agora secretário-geral e será número dois por Lisboa).

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