O encontro na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, está marcado para as 17:30 (hora de Lisboa) e a representar António Costa estará Mariana Melo Egídio, assessora do seu gabinete desde final de 2016.
Em causa, nesta reunião, estarão as perdas que a comunidade portuguesa na Venezuela e África do Sul sofreu com o colapso do Banco Espírito Santo (BES), depois de terem comprado produtos financeiros nas sucursais exteriores do banco que nunca foram reembolsados.
Entre outros produtos, estes clientes investiram dinheiro em papel comercial da ESI e Rio Forte, vendido pelo BES, mas ficaram de fora da solução negociada com o Governo por estes títulos terem sido adquiridos em sucursais externas do BES, caso da da Madeira.
Há ainda outros produtos vendidos pelo BES que fizeram estes clientes perder dinheiro, como títulos de outras empresas do Grupo Espírito Santo, caso da Escom (que atuava sobretudo em Angola).
Muitos destes clientes agora juntos na Associação de Lesados da Venezuela e da África do Sul também perderam dinheiro no resgate do Banif, mas o encontro desta segunda-feira, 18 de setembro, será apenas sobre o caso BES.
Em 03 de agosto de 2014, o Banco de Portugal aplicou uma medida de resolução ao BES, tendo então sido criado o Novo Banco.
Com a resolução do BES, clientes com produtos financeiros não protegidos sofreram perdas significativas, de muitos milhões de euros.
A Associação de Lesados da Venezuela e África do Sul ainda não tem contas feitas sobre as perdas agregadas dos seus associados com o BES, disse à Lusa fonte oficial.
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