O chefe da diplomacia libanesa, Abdullah Bou Habib, ordenou à missão permanente do país junto das Nações Unidas que registasse uma “queixa oficial” em relação ao “bombardeamento e a agressão deliberados de Israel na madrugada de hoje em áreas do sul do Líbano”.

A medida foi aprovada pelo primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, depois de Israel ter atacado nas últimas horas alvos do movimento islâmico palestiniano Hamas no sul do Líbano.

Vários foguetes foram lançados a partir do sul do Líbano em direção ao território israelita na quinta-feira à tarde.

Na noite de quinta-feira, Mikati condenou o ataque ao território israelita, que o Estado judeu atribui a grupos armados palestinianos baseados no Líbano, e condenou “o uso do território libanês para realizar operações que desequilibrem a estabilidade” na região, pedindo para se evitar a “escalada” da violência.

No entanto, Israel considera que “o Estado libanês é responsável por todas as agressões que são realizadas a partir do seu território”, segundo um porta-voz militar israelita.

Na manhã de hoje, o ministro da Defesa libanês, Maurice Slim, manteve um tom conciliador durante encontro com o seu homólogo italiano, Guido Crosetto, a quem transmitiu o interesse do exército libanês em “controlar a segurança” e “manter a estabilidade no sul” da região.

No entanto, Slim enfatizou que estão dispostos a “enfrentar qualquer agressão”, publicou o Ministério da Defesa libanês na rede social Twitter.

Ao mesmo tempo, durante as primeiras horas da manhã de hoje, o Exército israelita continuou a atacar alvos do Hamas com caças e tanques na Faixa de Gaza, de onde uma série de foguetes também foram lançados contra o território israelita, em meio a uma nova escalada de tensão na região.