O Partido Liberal (FDP) é o segundo dos futuros parceiros de coligação a ratificar o acordo, depois da aprovação no sábado pelo Partido Social Democrata (SPD), do chanceler designado, Olaf Scholz.
O líder dos liberais, Christian Lindner, ministro das Finanças designado, defendeu durante o congresso que o acordo de coligação assenta as bases de um Governo de centro e que não haverá qualquer “viragem à esquerda”.
“O acordo descreve uma nova política no nosso país, uma política da inovação, disposta a atrever-se a mais progresso”, afirmou, assegurando que o acordo reflete um grande número de aspirações do FDP, nomeadamente a manutenção de orçamentos equilibrados e a ativação da iniciativa privada na Alemanha.
“A travagem da dívida pública deve ser mantida e será mantida, porque a sustentabilidade e a justiça intergeracional não ssão apenas conceitos da proteção do clima, mas também das finanças públicas”, disse Lindner.
Com a aprovação do pacto pelos liberais, fica apenas a faltar conhecer o resultado da consulta às bases dos Verdes, que será apresentado na segunda-feira, o que permitiria aos partidos assinar o acordo de coligação na terça-feira.
Além do poderoso Ministério das Finanças, o FDP deverá ficar com a pasta dos Transportes e Digitalização, que ficará nas mãos do secretário-geral do partido, Volker Wissing, assim como com a tutela da Justiça e da Educação, que irão respetivamente para Marco Buschmann e Bettina Stark-Watzinger.
O parlamento federal alemão elegerá em 08 de dezembro para o cargo de chanceler o social-democrata Olaf Scholz, pondo termo aos 16 anos de Angela Merkel no poder.
Com o apoio dos três partidos da coligação, Olaf Scholz, de 63 anos, obterá os votos de 416 dos 736 deputados do Bundestag (câmara baixa).
O processo de eleição do chanceler, terceira figura do Estado alemão, a seguir ao Presidente da República Federal e à presidente do Bundestag, obedece a normas muito específicas.
Após a sua eleição pelos deputados, o futuro chanceler é recebido pelo Presidente, que lhe entrega, bem como aos seus ministros, a sua “ata de nomeação”, assinalando o início oficial do mandato de quatro anos.
O chanceler regressa, em seguida, ao Bundestag para aí prestar juramento, antes de se dirigir à chancelaria para a transferência de poder. Será, então, o líder da coligação formada pelos social-democratas, os verdes e os liberais.
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