Julio Borges escreveu na sua conta no Twitter que “durante os próximos dias” vai falar sobre a Venezuela com o Presidente francês, Emmanuel Macron, a chanceler alemã, Angela Merkel, a primeira-ministra britânica, Theresa May, e o chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy, políticos que nas últimas semanas criticaram publicamente o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
Lilian Tintori, mulher de Leopoldo López, um dos principais opositores venezuelanos, em prisão domiciliária, devia acompanhar o presidente da Assembleia Nacional nestas reuniões, mas anunciou que lhe foi confiscado o passaporte e não poderá viajar.
“Acabam de me proibir de sair do país. A ditadura quer impedir-nos de fazer uma importante viagem internacional”, escreveu hoje a ativista também no Twitter.
Emmanuel Macron qualificou na terça-feira de “ditadura” o regime da Venezuela, mergulhada há meses numa profunda crise económica, política e institucional.
A Alemanha considerou “não democrática” a eleição de uma Assembleia Constituinte, em julho, e Espanha e o Reino Unido criticaram a constituição dessa Assembleia, tal como os Estados unidos, a União Europeia e uma dezena de países latino-americanos.
A Assembleia Constituinte, dominada por seguidores de Maduro e de Hugo Chávez, assumiu poderes legislativos da Assembleia Nacional, controlada pela oposição desde finais de 2015.
Segundo a agência EFE, que cita “fontes conhecedoras da agenda da viagem”, Borges reúne-se na segunda-feira em Paris com Macron, seguindo para Madrid, onde é recebido na terça-feira por Rajoy, depois Berlim, para uma reunião na quarta-feira com Merkel, e Londres, na quinta-feira, para o encontro com May.
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