A promessa foi feita por Jerónimo de Sousa numa audição pública, através de videoconferência nas redes sociais, no site” do PCP, nas redes sociais Facebook, Twitter e Youtube, na abertura do debate com sindicalistas, a partir da sede do partido, em Lisboa.
“Contribuiremos para esclarecer as ilusões sobre a generalização do teletrabalho em casa como solução alternativa de prestação de trabalho, combateremos as linhas de fragilização dos trabalhadores”, disse, numa altura em que este tipo de organização está a ser usada por muitas empresas e até pela função pública devido ao surto do novo coronavírus.
Sem pôr em causa a utilidade dos meios digitais no mundo laboral, Jerónimo de Sousa avisou para “os riscos” do uso do teletrabalho pelas empresas e pelo “grande capital”.
“Querem fazer o caminho para acabar com componentes da remuneração dos trabalhadores, no imediato ou a prazo, nomeadamente o subsídio de refeição, de transportes e outros de incidência familiar”, argumentou.
As empresas, advertiu, querem “desresponsabilizar-se das questões de segurança e saúde no trabalho e da proteção de acidentes de trabalho”, estabelece “a confusão entre o que é esfera privada ou de trabalho em condições de teletrabalho no domicílio, para fugir às responsabilidades” que “têm que assumir”.
O “grande capital”, segundo Jerónimo de Sousa, quer agravar a “exploração com intensificação do trabalho, na duração e ritmo, uma maior pressão para alargamento do período de trabalho, para a disponibilidade permanente”.
E com isso, concluiu, pretende igualmente “a redução de custos das empresas com a transferência para o trabalhador de custos de instalações, água, eletricidade, bem como a pressão para o uso de instrumentos de trabalho do trabalhador ao serviço da empresa”.
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