“Não é ideal que uma situação como esta se prolongue durante tanto tempo sem o conhecimento do comandante-em-chefe”, disse em conferência de imprensa John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, à medida que aumenta a polémica sobre a ausência de comunicação de duas hospitalizações do seu titular da Defesa.
Segundo Kirby, o chefe de gabinete de Biden, Jeffrey Zients, foi informado hoje manhã da doença do secretário da Defesa e comunicou imediatamente esses detalhes ao Presidente.
Austin, que foi diagnosticado no início de dezembro com cancro da próstata, não transmitiu essa informação à Casa Branca e não comunicou imediatamente a Biden que tinha sido hospitalizado no dia 1 de janeiro.
Consequentemente, o Presidente norte-americano não sabia até hoje o motivo da hospitalização de Austin, disse Kirby.
Os médicos que tratam o chefe do Pentágono no Centro Médico Militar Nacional Walter Reed, nos arredores de Washington, revelaram hoje em comunicado as razões pelas quais o governante foi internado.
Austin, de 70 anos, já tinha sido hospitalizado em 22 de dezembro, num episódio que o secretário de imprensa do Pentágono classificou de “procedimento eletivo”, mas suficientemente sério para que Austin transferisse temporariamente algumas das suas competências e deveres para o seu vice, sem ter reportado a situação à Casa Branca, antes de sair do hospital no dia seguinte.
Na passada semana, Austin voltou a sentir fortes dores e foi levado de ambulância para o Centro Médico Militar Nacional Walter Reed, onde foi colocado em cuidados intensivos entre 1 e 4 de janeiro.
A polémica motivou uma revisão dos protocolos no Pentágono e na Casa Branca para esclarecer como os membros do executivo devem informar o Presidente quando não podem exercer as suas funções e como devem delegá-las.
Austin continua hospitalizado e o Departamento de Defesa não explicou quando poderá receber alta.
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