O documento final da décima cimeira dos Presidentes dos Parlamentos do G20 (P20), que terminou na sexta-feira no Congresso Brasileiro após três dias de discussões, concentrou-se em três objetivos: reforma da governança global, padronização da Inteligência Artificial (IA) e erradicação da pobreza.

A declaração será entregue aos líderes mundiais reunidos na cimeira do G20, de 18 a 19 de novembro deste ano, no Rio de Janeiro.

Os representantes parlamentares reconheceram o “potencial disruptivo” da IA para “ampliar ou reduzir” a diferença de produtividade entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento, o que exige “medidas apropriadas” para garantir uma IA “segura, protegida e confiável” que fomente a “inovação, a transferência de tecnologia e a partilha de conhecimento”.

O documento final também recomendou “abordar a disparidade tecnológica e de IA” entre os países, para que todos possam beneficiar da transformação digital na economia".

A Argentina, governada pelo presidente de extrema-direita Javier Milei, foi o único membro do G20 a não assinar a declaração, que aborda metas estratégicas como inclusão social, combate à fome, medidas ambientais e igualdade de género.

O governo argentino, que nega, entre outras coisas, a mudança climática e a diferença salarial entre homens e mulheres, já tinha quebrado o consenso do G20 sobre o "empoderamento" das mulheres, adotada numa reunião ministerial em outubro, em Brasília.