Segundo a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), a paralisação afeta as ligações entre Lisboa e Cacilhas (concelho de Almada), Seixal, Montijo e Trafaria (Almada), no distrito de Setúbal, e constitui “uma luta por melhores salários e serviços”.

“A partir do dia 08 de agosto e até 19 do mesmo mês, os trabalhadores realizarão greves parciais em cada turno de serviço, pelo facto de a administração/Governo não ter iniciado um efetivo processo de negociação, de modo a discutir as reivindicações sindicais, das quais, além da valorização salarial, consta a melhoria do serviço público”, explica a federação num comunicado divulgado na sua página na internet.

Segundo a estrutura sindical, todos os dias a administração da Transtejo publica avisos de supressão de carreiras “por motivo de constrangimentos técnicos na frota”, uma situação que a Fectrans assegura que se agravará nos próximos dias devido à luta parcial dos trabalhadores da empresa.

“A resolução dos problemas nesta e noutras empresas públicas é uma opção política entre fazer os investimentos necessários para valorizar os trabalhadores e fixá-los, ou optar por responder às exigências dos grupos económicos/financeiros, à custa dos trabalhadores e do serviço público”, considera.

A Fectrans advoga que “só há um conflito laboral porque a administração/Governo opta pelo silêncio e por ignorar os protestos de trabalhadores e utentes”.

A empresa, por seu turno, publicou na sua página informações sobre as perturbações de serviço de 08 a 12 de agosto provocadas pela greve parcial e por uma greve ao trabalho suplementar, convocadas por organizações sindicais representativas dos trabalhadores.

Nos avisos a transportadora dá a indicação das carreiras cuja realização está prevista para cada uma das ligações entre as duas margens, ou seja, entre Lisboa e Cacilhas, Seixal, Montijo e Trafaria.

No que se refere à ligação entre Cacilhas e Lisboa (Cais do Sodré), a Transtejo adianta que, com o objetivo de minimizar o impacto de supressões e atrasos de carreiras, alguns navios iniciam viagem logo que seja alcançada a lotação máxima de passageiros embarcados, independentemente do horário previsto.

Por seu turno, no que respeita às ligações entre o Cais do Sodré e Seixal e Montijo, a empresa explica que a realização, ou não, de carreiras está dependente das adesões à greve.

Durante os períodos de paralisação, os terminais estão encerrados, por motivos de segurança.

As perturbações de serviço previstas para o período de 16 a 19 de agosto serão anunciadas durante a próxima semana.

O mesmo acontece com a ligação entre a Trafaria/Porto Brandão (Almada) e Belém (Lisboa).

A Transtejo é responsável pela ligação do Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, enquanto a Soflusa faz a travessia entre o Barreiro e o Terreiro do Paço, em Lisboa, sendo esta a única ligação sem constrangimentos previstos.

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